Quando abrimos a boca para dizer “Enfermagem por amor!” temos de ter em mente duas realidades. A primeira é a de que existem pessoas que realmente a amam e a exercem com amor e responsabilidade. A segunda é a de que há aqueles que perderam o sentido do amor à profissão e estão lidando com os clientes e pacientes no automático.
Não vamos nos martirizar por isso, pois esse fato acontece com qualquer área do conhecimento! No entanto, é preciso ter consciência de que lidamos com a fragilidade humana e com a finitude; então, é acarretado sentimentos diversos com o ser cuidado e o entorno. Não é fácil lidar com essas emoções e ainda continuar de pé cuidando do próximo paciente. São horas exaustivas de trabalho, sem pausas muitas das vezes!
Porém é preciso empatia, não lidamos com rochas, e mesmo as rochas precisam de um belo cuidado de lapidação para brilharem, assim é nosso corpo. Precisa de cuidados e amor sim pelo que se faz, e mesmo que não o tenha, é preciso ter responsabilidade e educação para ser gentil a quem sofre. Com isso qualquer enfermeiro cansado, estressado e desamoroso poderá reestabelecer a saúde e o bem estar de um doente sem necessariamente abrir o peito e dizer: “Eu amo a Enfermagem”.