Inicio essa crônica com esse questionamento, afinal, uma vez ou outra isso deve de haver passado por sua cabeça quando alguém próximo ou não caio na loucura da noite para o dia. Infelizmente ai está a resposta, intrínseca a reflexão, não foi da noite para o dia e esteve lá gradualmente se alastrando a todo momento até chegar o seu clímax após sofrer um gatilho. Algumas pessoas se recuperam, outras se mantêm estáveis e outras, de fato, nunca serão as mesmas a depender da doença.
É triste pensar que a saúde de nossa mente seja uma caixinha sorrateira prestes a explodir, pois na atualidade não se vive mais em calmaria (se um dia viveu eu não sei) e isso ajuda a doença do século a se disseminar, hoje até em crianças que não sabem mais esperar estão em isco de desenvolver algum DE na área da saúde mental. Os fatores ambientais são primordiais, porém a genética é uma característica preocupante principalmente em lugares onde os casamentos consanguíneos são predominantes, nesse caso a prevenção é difícil de se fazer e muitos dos casos impossíveis.
No entanto, há o que ser feito. Tratamentos de saúde existem para isso seja para curar ou mediar. E o enfermeiro (a) tem a Sistematização da Assistência de Enfermagem como sua ferramenta de trabalho usando os DE como maneira de intervenção em seus planos de cuidados. Exemplo disso é temos o artigo de   Liliane Taveira Damasceno Borges et al intitulado “Processo de enfermagem na saúde mental” publicado na revista Brazilian Journal of health Review (2020) o qual constata como sendo o DE mais comum a ansiedade tendo como intervenções que visem a valorização do corpo e vida social.
Desse modo, a enfermagem possui meios de cuidado organizado e centrado no pensamento crítico baseado em evidencias cientificas que promovem a saúde e o bem estar. Além disso, é possível intervir em grupos susceptíveis antes mesmo que ocorra casos graves de desenvoltura, no caso da ansiedade. Basta maior atenção ao que o cliente relata antes mesmo de adoecer, prestar atenção em todos os detalhes e nunca os menosprezar, pois a finitude é garantida, mas pode ser adiantada pelo sofrimento, o que é evitável.